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Arquitetos: Cueto Arquitectura, Espacio 18 Arquitectura; Cueto Arquitectura, Espacio 18 Arquitectura
- Área: 249 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Lorena Darquea
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Fabricantes: Cemex, Helvex, Tecnolite, VALVO
Descrição enviada pela equipe de projeto. Casa Onze foi desenhada como uma roupa feita sob medida para um jovem casal que buscava um refúgio que os afastasse do caos exterior e criasse um espaço de tranquilidade para que pudessem se desenvolver como pessoas. A residência encontra-se em um conjunto de moradias familiares na cidade de Puebla, onde o setor imobiliário cresce de forma drástica e impõe projetos que nem sempre resolvem as necessidades atuais. O preço dos terrenos cresceram em consequência desse "boom", por isso, os prédios estão cada vez menores e mais exclusivos, a partir desse momento projetamos soluções para responder e gerar um bom projeto contemplando as condições do terreno de 150 m2 e os regulamentos internos de construção e fraccionamento.
O projeto parte de exercícios de subtração a partir do programa arquitetônico criando finalmente um "I", esse esquema permite a entrada da iluminação natural nas diferentes épocas do ano, além de ventilações cruzadas as quais podem ser controladas pelo usuário. As perfurações no projeto criam pátios que fazem com que todas as áreas tenham uma fluidez espacial que permitem vistas verdes desde qualquer ponto da casa, introduzindo o fator surpresa. Também são respeitados os limites na parte posterior do prédio.
O projeto se desenvolve em três níveis, no térreo são distribuídas as áreas sociais abrindo-as em direção aos pátios, onde através das telas de vidro, são ampliadas e unidas ao programa. No primeiro pavimento estão os dormitórios com vistas para o céu e uma árvore de "Acácia" a qual confere força ao pátio e que na primavera se aproximará de uma cor púrpura, convertendo-se em um marco dentro da casa. Finalmente, no segundo pavimento, estão a área de entretenimento, serviços e telhado jardim com uma vista panorâmica aos vulcões.
A fachada responde ao programa e parte da ideia de viver a casa dentro dos muros, evitando vãos para a rua e elementos desnecessários, a janela principal permite e entrada de luz no estúdio, controlando as vistas e a iluminação durante o dia. Geramos, definimos e interpretamos a materialidade por meio do regulamento interno de construção, expondo madeira natural com pigmento escuro. No interior, os pisos, o mobiliário, a carpintaria e as vigas de madeira outorgam calidez, odores, sons e texturas em todos os espaços. Nos banheiros, os azulejos do artista oaxaquenho Francisco Toledo nos permitem introduzir o artístico e recordar outra cidade que nos oferece muito como arquitetos. Este projeto reúne diferentes qualidades que permitem a realização de um exercício de arquitetura racional e objetivo, que responda a um usuário, uma sociedade e um lugar.